Para algumas pessoas pode ser difícil relatar que tem um parente com Down. Há poucos anos, existiam aqueles que escondiam seus filhos dentro de casa. Digamos que isso é uma crueldade.
Eu conheci uma pessoa assim.
Me orgulho muito da minha mãe, que aos 40 anos, teve um filho, único homem, com sindrome de Down. Ela lutou para que o filho pudesse ter uma vida normal. O levou em vários especialistas, ele fez fono, fisio e estudou em uma escola especial.
Há 30 anos, não existia a inclusão social para essas pessoas. Minha mãe teve dificuldades para achar uma escola, onde meu irmão pudesse aprender. As escolas estaduais não aceitavam crianças especiais. A única entidade era a Apae. Mas minha mãe optou por colocar meu irmão em uma escola particular, onde existia uma única classe, para crianças com algum tipo de deficiência. Ele estudou nessa escola, por 8 anos.
Hoje com 30 anos, meu irmão Rogério, vive uma vida normal. Trabalha, tem amigos, segue uma religião. Vive a vida como qualquer pessoa. Ele tem uma única deficiência, não consegue falar direito, mas isso não o atrapalha em nada. Ele se expressa com sons, as vezes, entendivéis, outras não, quando uma pessoa não consegue entende-lo, ele escreve o que está querendo falar. Todos ao seu redor, acabam entendendo de alguma forma.
Nos próximos posts vou contar um pouco mais de como foi a infância do meu irmão e a minha também, é claro, afinal passamos a infância toda juntos.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
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